A lenda de Lluvia De Peces

A lenda de Lluvia De Peces: a tradicional “chuva de peixe” que faz parte desta pequena cidade de Honduras - ou então os moradores dizem

Yoro, Honduras é conhecido por pouco além de algumas exportações agrícolas e, oh sim, a sua anual "chuva" de peixe pequeno, prata.

Os moradores de Yoro pegando as recompensas de Lluvia

Em algum momento das décadas de 1850 ou 1960, o missionário espanhol padre José Manuel Subirana visitou Yoro, Honduras. Depois de testemunhar o quão pobres e famintos eram os habitantes locais, ele orou por três dias e três noites para que Deus lhes fornecesse comida. Uma nuvem escura logo se formou no céu e em resposta às suas orações, os peixes começaram a chover do céu ea alimentar a cidade. Esta foi a primeira ocorrência registrada do fenômeno de lluvia de pesces ou Rain of Fish - pelo menos, é assim que a lenda se passa. 

Mas de acordo com os residentes modernos de Yoro, a chuva de peixes é muito real continua até hoje. Supostamente, os pequenos peixes prateados chovem do céu pelo menos uma vez por ano nos meses de maio ou junho. Mas esses relatos têm raízes científicas ou mais mitológicas?

Registros da chuva de peixe

Yoro é um dos 18 departamentos de Honduras. A região centro-norte é em grande parte empobrecida. Tem vales férteis e é amplamente conhecido por produzir grãos. Mas Yoro é mais conhecido por sua suposta chuva de peixe.

Os locais dizem que a chuva de peixe acontece todos os anos, às vezes mais de uma vez, no final da primavera. O "lluvia de peces" (literalmente, "chuva de peixe") só ocorre depois de uma tempestade pesada e devastadora - isto é, quando todos estão amontoados dentro. Mas quando a tempestade passa, os aldeões sabem agarrar ansiosamente suas cestas e se dirigir para as ruas, onde os peixes parecidos com sardinha estão cheios de lixo. Mais estranho ainda, esses peixes foram encontrados para não ser indígenas para os canais locais de Yoro.

Os aldeões sustentam que o peixe deve ter vindo de ninguém menos que o céu em uma demonstração miraculosa de intervenção divina. "É um milagre", relatou um local . “Nós vemos isso como uma bênção de Deus.”

De fato, para muitos, é uma bênção, pois é a única época do ano que eles são capazes de pagar e comer peixe.

A pobreza ainda é predominante na região. As famílias moram em pequenas casas de tijolos de barro. Para alguns, cuja dieta habitual consiste em milho, feijão ou outras culturas que eles próprios cultivaram, esta é a única época do ano em que eles podem comer frutos do mar frescos. Para eles, a Chuva de Peixes é, de fato, um milagre.

“É um segredo que só o nosso Senhor sabe. É uma grande bênção porque vem dos nossos céus. ”

Audelia Hernández Gonzalez, pastor evangélica em La Unión, Yoro.

A ciência por trás do milagre

Nos anos 70, uma equipe de cientistas da National Geographic foi sorteada em Yoro quando eles experimentaram a Chuva de Peixes.

A equipe não testemunhou a "chuva" em si, mas eles foram capazes de observar o peixe no chão após uma grande tempestade. A partir disso, eles forneceram qual é a explicação mais provável para o chamado fenômeno anual.

Curiosamente, a equipe percebeu que todos os peixes foram completamente cegos. Os cientistas supuseram, então, que os peixes deviam viver em rios subterrâneos ou cavernas submarinas, onde sua falta de luz os tornara cegos. Eles concluíram então que as intensas tempestades e as inundações subsequentes teriam forçado os peixes subterrâneos acima do solo.

Outra teoria para explicar esta chuva de peixes postula que as bicas são responsáveis.

Pico de água são nuvens em forma de funil que se formam sobre corpos de água e giram em torno de um ponto de eixo como um redemoinho ou um tornado. A tromba d'água suga a condensação no ar e eles são poderosos o suficiente para levantar pequenos animais da água e depois carregá-los para o continente. Esta teoria é magra, no entanto, como as bicas não são conhecidas por serem capazes de transportar peixes por longas distâncias e pelo fato de que os peixes que inundam as ruas de Yoro não são de suas vias navegáveis ​​nativas.

Mapa destacando Yoro.

 Os peixes podem vir do Oceano Atlântico, a mais de 160 quilômetros de distância, o que é muito longe para um tromba d'água ter viajado com eles a reboque.

"Chuva de peixe" ou "chuva de animais" também foi relatada em outras partes do mundo , incluindo México, China, Tailândia e Austrália. Peixes e sapos são mais comuns, mas também há relatos de aranhas, pássaros, cobras, ratos e águas-vivas.

Não há fotografias do fenômeno ocorrendo e isso porque, de acordo com os moradores, ninguém ousaria sair durante esse tempo tão grave. Assim, enquanto não há provas de fotos da chuva de peixes, como estão acontecendo, há fotos e vídeos do resultado estranho e viscoso.

De fato, considerando a falta de testemunhas para atestar que os peixes realmente caíram do céu, parece que a inundação de rios ou cavernas submersas pode ser a explicação mais lógica para todos esses peixes pequenos e cegos terem aparecido nas ruas de Yoro. chuva pesada nos últimos 100 anos ou mais. Mas essa explicação, é claro, é muito menos divertida para os moradores.

Celebrações para Lluvia De Peces

“Quando nos identificamos, dizemos: 'Sou do lugar da chuva dos peixes'”, disse ao New York Times Luis Antonio Varela Murillo, um homem que viveu em Yoro a vida toda .

Todos os anos a cidade, que tem uma população de cerca de 93.000 habitantes, tem um festival para celebrar a Chuva de Peixes. A data depende da primeira grande precipitação. As atividades subsequentes incluem um carnaval, um desfile e uma competição entre as mulheres pelo título de Senorita Lluvia de Peces - ou Miss Fish Rain. O vencedor montará um dos carros alegóricos vestidos como uma sereia.

Muitas das explicações locais para a Chuva de Peixe permanecem próximas à história do Padre José Manuel Subirana no século XIX.

"É um milagre", disse o local Lucio Perez, em 2017. "O que dizemos aqui em Yoro é que esses peixes são enviados pelas mãos de Deus."

Moradores são proibidos de vender a captura, pois acredita-se que os peixes sejam uma bênção do Senhor. Em vez disso, a comunidade compartilha. Aqueles que coletam mais peixes do que outros redistribuem algumas de suas capturas para famílias que não conseguiram chegar a tempo nas ruas e campos.

Os restos de Subirana estão enterrados na praça central de Yoro, na principal igreja católica da cidade. O espanto espiritual de sua história e o espírito generoso que ele representava para o povo de Yoro continuam claramente vivos.